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Sócio da Startse. Escreve mensalmente às terças

Opinião|Trabalhe na construção da sua própria marca

Trabalhar a sua marca pessoal é um instrumento capaz de potencializar não só a sua carreira, mas também a organização onde você atua

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Atualização:

Nunca foi tão oportuno pensar em você como uma marca. Ou seja, trabalhar a construção da sua carreira assim como uma organização trabalha a construção da sua identidade, do seu conjunto de valores que a diferencia no mercado. Não é de hoje que isso é importante. No Antigo Egito, fabricantes de tijolos esculpiam sinais em seus produtos como forma de identificá-los. Na Idade Média, comerciantes europeus personalizavam suas mercadorias para evitar imitações. Na Revolução Industrial, fábricas passaram a usar nomes e símbolos para valorizar o que produziam. Práticas como essas são empregadas há séculos para garantir autenticidade, construir relações de confiança e obter reconhecimento.

Marca é tudo o que você sente quando interage com um negócio ou alguém. Sei que existem várias definições para o termo. Essa é a que eu uso. No dia a dia, ao convivermos com empresas, desenvolvemos uma série de emoções em relação a elas. Se eu mencionar “Coca-Cola”, por exemplo, que expressão resume as inúmeras sensações que aparecem em você? Pode ser que a sua resposta seja refrescante, doce ou sede. E se eu falar “Boticário”? Talvez romance ou surpresa. E “McDonald’s”? Quem sabe conveniência ou alegria. Tudo isso é marca. As reações que surgem quando você se relaciona com determinadas organizações representam as suas percepções – positivas, negativas ou neutras – em relação a elas.

Nunca foi tão oportuno pensar em você como uma marca Foto: Pixabay

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Isso vale também para nós, seres humanos. Se você tivesse de colocar em palavras os seus sentimentos sobre Elon Musk, o que viria? Ou sobre um sócio ou colega de trabalho? A verdade é que todos temos uma marca pessoal, independentemente de investirmos nela ou não. Hoje, somos altamente conectados e bem mais públicos do que antes. Quando fazemos qualquer coisa, produzimos pegadas virtuais e deixamos um rastro de evidências. A pergunta é: você prefere que a sua reputação tenha vida própria e seja construída de maneira descontrolada? Ou prefere ser responsável por essa narrativa e ter o mínimo de controle? Com a popularização da web, cuidar da sua presença digital se tornou essencial.

O ponto é o seguinte: pessoas se conectam com pessoas. Segundo a Nielsen, 83% delas confiam em recomendações de conhecidos antes de qualquer outra forma de publicidade. Já a PostBeyond, líder em soluções de employee advocacy, mostra que as mensagens de uma companhia são compartilhadas 24 vezes mais e geram um engajamento 561% superior quando enviadas por um funcionário. E, na média, um colaborador tem dez vezes mais seguidores em suas redes sociais do que a empresa que lhe emprega. Trabalhar a sua marca pessoal, portanto, é um instrumento capaz de potencializar não só a sua carreira, mas também a organização onde você atua. *É SÓCIO DA PLATAFORMA PARA STARTUPS STARTSE

Opinião por Mauricio Benvenutti
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