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Maurício Benvenutti

Transformação digital é sobre pessoas

Os avanços científicos potencializam conhecimento e progresso às empresas, mas é a capacidade intelectual dos seus indivíduos que as transforma

04/11/2020 | 05h00

  •      

 Por Maurício Bevenutti - O Estado de S. Paulo

 

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Em um processo de transformação digital, você busca diferentes regras para a empresa. Mas todas elas são mutuamente dependentes e rodam em paralelo. Não dá para dizer: ‘olha, a turma mais especializada vai ficar no time de inovação e a menos instruída vai para a base do navio jogar lenha na fogueira.’ O alinhamento que precisa existir é que as pessoas de execução pagam os salários atuais da equipe. As de inovação pagarão a aposentadoria. E a liderança inteligente fará esses dois mundos rodarem em paralelo.”

Em outubro, no Silicon Valley Web Conference, evento promovido pela StartSe, recebemos Steve Blank. Ele é considerado o pai do empreendedorismo moderno e um dos criadores do movimento Startup Enxuta. Foi com esse parágrafo anterior que ele contextualizou como deveriam ser os processos de inovação nas empresas, entendendo a transformação digital muito mais como uma transformação humana do que tecnológica. E isso a faz tão difícil de ser implantada.

Steve Blank é considerado o pai do empreendedorismo moderno e um dos criadores do movimento Startup Enxuta

Wikimedia Commons

Steve Blank é considerado o pai do empreendedorismo moderno e um dos criadores do movimento Startup Enxuta

Morando no Vale do Silício há cinco anos, a fala de Blank fica clara para mim. Desde 2015, recebemos 5 mil pessoas nos cursos que promovemos na região. Quando as atividades começam, costumo conversar com as turmas e entender suas expectativas. Obviamente, grande parte espera ver carros sem motoristas, robôs e coisas do tipo. De fato, tudo isso existe e faz parte da vida local. Porém, ao fim da programação, retomo a conversa e pergunto aos participantes qual foi a principal lição aprendida durante a semana que passaram conosco. Aí vem a surpresa. A esmagadora maioria responde: “Maurício, não é a tecnologia que faz o Vale. De longe, não é. O que torna esse lugar um motor único de inovação são as pessoas. É o perfil inquieto dos moradores que faz essa região ser assim.”

Tá aí porque não se copia Vales do Silício pelo mundo. Nem se realiza transformações digitais da noite para o dia. Dar “Ctrl+C /Ctrl+V” na tecnologia é possível. Você assina um cheque e transfere inovações de um lugar para outro. Mas ninguém “copia e cola” pessoas. Mesmo com todo poder computacional disponível no planeta, a principal vantagem competitiva está na mentalidade do ser humano.

Esse assunto ganhou tanta relevância que um artigo recente da Harvard Business Review mostrou porque mais diretores de RH estão se tornando aptos a virarem presidentes de empresas. Uma das razões – segundo a pesquisa – é porque eles superam outros executivos nas competências relacionadas à liderança. Quando você vê profissionais que estudaram uma vida inteira “pessoas” assumindo o controle de grandes organizações, inevitavelmente isso gera reflexões sobre o que realmente é importante no ambiente corporativo de hoje. Os avanços científicos potencializam conhecimento e progresso às empresas. Mas é a capacidade intelectual dos seus indivíduos que as transforma.

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