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TruePay, de pagamento por recebíveis, anuncia aporte de R$ 45 mi

Fintech ajuda varejistas a utilizar recebíveis de cartão de crédito como pagamento para fornecedores de insumos

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Por Bruna Arimathea
Atualização:

A TruePay, startup que gerencia recebíveis de cartão de crédito para varejistas, anunciou nesta quarta-feira, 1º., um aporte de R$ 45 milhões, liderado pelos fundos Kaszek e Monashees. Na onda da regulamentação do setor pelo Banco Central, a fintech é uma das recém-nascidas que aposta no setor no Brasil. 

Com o investimento, a TruePay investirá em tecnologia e contratação de funcionários até o final do ano — atualmente, 30 pessoas fazem parte da empresa e o objetivo é chegar a 100 em dezembro. Segundo Luiz Eduardo Cascão, cofundador da fintech, a intenção é consolidar o negócio e expandir, mirando já em possíveis outros mercados da América Latina. 

Pedro Oliveira (esq.) eLuis Eduardo Cascão (dir.)e são fundadores da TruePay Foto: Omar Terra

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"O aporte nos ajuda de diversas formas. Primeiro para construir um melhor time de tecnologia, efetivamente nós somos uma empresa de tecnologia. Queremos escalar a nossa produção e mostrar que empreender no Brasil não é uma missão impossível", explicou Cascão em entrevista ao Estadão.

Com foco em pequenos e médios varejistas, a TruePay atua como uma intermediária no uso dos recebíveis de cartão de crédito, como pagamentos de fornecedores. Dessa forma, os clientes — bares, restaurantes e outros negócios — conseguem comprar com um prazo de pagamento maior do que no método tradicional. 

Do lado das empresas que fornecem, a TruePay utiliza o valor dos recebíveis para garantir que o pagamento seja feito na hora, como uma linha de crédito, e fica com uma porcentagem do total como taxa de administração, explica Pedro Oliveira, cofundador e sócio de Cascão. Para o cliente, a operação não tem custo. 

“A gente faz todo esse trabalho complicado de pegar os recebíveis de maneira pré-acordada com o varejista. Nos conectamos direto com as adquirentes e trabalhamos com qualquer maquininha que eles quiserem para oferecer esse serviço. Esse investimento vem como um combustível para a gente começar a mudar as relações comerciais”, afirma Oliveira.

A regulamentação do Banco Central relativa ao registro de recebíveis foi aprovada no começo de julho e permitiu que empresas pudessem mediar e gerenciar esse valor independentemente das administradoras de crédito. Assim, os estabelecimentos podem negociar valores de recebíveis que não ficam retidos por instituição financeiras — na prática, o lucro é liberado como linha de crédito para que esses comerciantes possam usá-lo para outros pagamentos. 

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