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'Uber dos caminhões', brasileira CargoX recebe aporte de R$ 66 milhões

Entre os investidores estão Goldman Sachs, Qualcomm, o fundo de George Soros e o cofundador do Uber, Oscar Salazar

Por Agências
Atualização:

A startup brasileira CargoX, conhecida como "Uber dos caminhões" por oferecer uma plataforma que conecta cargas a caminhões, anunciou nesta terça-feira, 7, que recebeu sua terceira rodada de investimentos, no valor de R$ 66 milhões, liderada pelo banco Goldman Sachs, que já havia investido na CargoX e participa do conselho de administração da empresa. Outros investidores também participaram da rodada, como o fundo de investimentos da fabricante de processadores Qualcomm e o fundo do investidor George Soros.

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Além desses, a rodada de série C inclui ainda novos investimentos da Agility Logistics, do Valor Capital Group e do cofundador do Uber, Oscar Salazar, que já eram investidores da empresa. Com o novo aporte, a CargoX chega a marca de US$ 112 milhões levantados nas duas rodadas de investimento anteriores. 

Os novos recursos permitirão que a CargoX invista em tecnologia e na expansão do serviço pelo País, disse à Reuters o cofundador e presidente executivo da empresa, Federico Vega. “A maior parte do dinheiro vai ser para contratar mais cientistas de dados e investir em mais tecnologias, como aprendizado de máquina”, disse Vega. "Isso vai melhorar nossa capacidade de captar e processar informações."

Atualmente, a CargoX tem cerca de 200 funcionários e uma rede de 150 mil motoristas cadastrados. O modelo do negócio conecta caminhoneiros a quem precisa transportar cargas, reduzindo a ociosidade dos caminhões nas viagens de volta.

Um dos projetos da companhia é a obtenção de informações geradas pelo tráfego de caminhões para transformá-las em dados úteis para softwares de veículos autônomos. “A gente tem aberto nossa plataforma para pegar dados não somente do aplicativo do motorista, mas também do GPS do caminhão. Com todas essas informações a gente consegue mapear como seria o fluxo de caminhões do País”, disse Vega.

De acordo com o executivo, a companhia ainda está focada em crescimento, mas há possibilidade de obter lucro já em 2018. “A previsão é que tenha lucro até o final do ano que vem, a menos que a gente decida fazer outra rodada de investimentos para crescer mais”, afirmou Vega.

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