Universidade de Stanford está entre as mais exigentes do mundo

No curso de MBA, só 5% dos candidatos são aprovados pela instituição de ensino para cada turma

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Por Redação Link
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Claudia Tozetto Matheus Mans

Estudar em Stanford é o sonho de muita gente, mas a vaga se torna realidade apenas para alguns. Há várias possibilidades de cursos para ingressar na universidade – como graduação, mestrado ou MBA –, mas o interessado tem de estar preparado para encarar uma maratona de testes e entrevistas para provar porque merece estar na próxima turma de estudantes.

A graduação em Stanford está entre os cursos mais concorridos do mundo: em geral, apenas 5% dos candidatos são aprovados pela instituição. Para quem não é americano, é ainda mais difícil: do total de 16 mil alunos, apenas 900 são estrangeiros.

O primeiro passo para se candidatar a uma vaga é fazer o SAT (Teste de Aptidão Escolar, em inglês) e obter, no mínimo, 1.470 pontos. O Teste de Inglês como Língua Estrangeira (Toefl) não é obrigatório, mas desejável. Além disso, a instituição leva em conta o histórico escolar do aluno.

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A faculdade também oferece cursos de pós-graduação em diversas áreas de atuação, como direito, artes e administração. Cada uma das áreas – atendidas por faculdades diferentes – exige documentos e possue regras distintas. O MBA (Master in Business Administration, na sigla em inglês) é um dos cursos mais concorridos da instituição – apenas 7% dos candidatos a uma vaga na turma são aprovados.

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Para ter uma chance, é preciso ter boas notas em testes de proficiência em inglês, como o Toefl; entregar cartas de recomendação escritas por um superior direto, um colega de trabalho e uma pessoa que aprova seu trabalho; e escrever três ensaios, de temas variados, que devem somar cerca de 1,8 mil palavras no total.

“É um processo muito complicado”, afirma Daniela Bouissou, fundadora da startup Boa Consulta e formada na turma de 2008 do MBA de Stanford. “Os testes medem seu conhecimento em um espaço de tempo muito curto. É preciso se dedicar muito.”

Cursar MBA em Stanford, além de tudo, custa caro: o preço é de US$ 60 mil por ano – o curso tem duração de dois anos. “O preço do curso não deve assustar”, alerta Denis Xavier, presidente executivo da startup Clínica SiM e ex-aluno da turma de MBA de 2013. “Se você for brilhante, de verdade, vai conseguir uma bolsa.”

Globalização. Além dos cursos regulares, Stanford também oferece uma série de cursos mais curtos (e mais baratos) fora dos Estados Unidos. A ideia é dar uma oportunidade para os empreendedores que não podem ir até o Vale do Silício para frequentar as aulas.

Chamado de Stanford Ignite, o curso chegou a São Paulo no ano passado, quando os primeiros 44 brasileiros se formaram.

“São Paulo é um dos principais centros de inovação do mundo”, diz o diretor do Stanford Ignite, Jonathan Levav, ao Estado. “Faz sentido estarmos presentes em ecossistemas onde há um grande nível de atividade.”

O curso é destinado a pessoas que tenham vontade de empreender e uma boa ideia, mas que não tenham conhecimento de como criar novos produtos e serviços e estruturar uma empresa.

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Candidatos que estejam cursando pós-graduação ou mestrado saem na frente na seleção, que também exige a entrega de artigos e de cartas de recomendação. O programa tem custo de US$ 10 mil e apenas quatro bolsas são oferecidas.

As inscrições para a turma 2016 do curso, que acontece novamente em São Paulo, estão abertas até 21 de abril.

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