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‘WeWork de consultórios’, startup Livance recebe aporte de R$ 30 mi

Empresa oferece uma rede de consultórios compartilhados para profissionais da saúde

Por Giovanna Wolf
Atualização:

Administrar um consultório costuma ser um trabalho extra para profissionais como médicos, nutricionistas e psicólogos – além do aluguel custar caro, é preciso administrar as burocracias, cuidar dos agendamentos e do atendimento remoto aos pacientes. É de olho nesse segmento que atua a startup paulistana Livance, que anuncia nesta quinta-feira, 1, uma nova rodada de investimento de R$ 30 milhões. 

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O aporte foi liderado pela Cadonau Investimentos e pela Astella Investimentos, que já era investidora da empresa. O cheque também contou com a participação de Terracotta Ventures, Green Rock e Mago Capital. Até então, a empresa havia recebido R$ 20 milhões em investimentos. 

A Livance é uma startup de saúde que tem um pé no ramo imobiliário, com um esquema de consultórios compartilhados – é como se ela fosse um “WeWork para médicos e outros profissionais da saude”. Por meio de parcerias com proprietários de imóveis, a empresa oferece espaços físicos para profissionais de saúde – hoje, a startup tem uma rede com oito unidades em São Paulo e Campinas, cada uma delas com, em média, 18 consultórios. Um médico, por exemplo, pode escolher em qual unidade irá atender determinado paciente, dependendo do dia e de sua rotina. O pagamento da sala é por uso: o profissional paga R$ 1 por minuto nas consultas – esse tempo é monitorado via aplicativo. 

Gustavo Machado, Fábio Soccol e Claudio Mifano, fundadores da Livance Foto: Livance

Junto a isso, a Livance disponibiliza outras estruturas para o consultório, como linha telefônica e WhatsApp conectados a uma rede de secretárias, sites personalizados para cada profissional receber agendamentos online e confecção de cartão de visita. Esses serviços estão incluídos em uma assinatura mensal de R$ 236. 

“Um profissional que tem o próprio consultório dificilmente usa o espaço em tempo integral – um cirurgião, por exemplo, passa boa parte de seu tempo no hospital. Não faz sentido ele ter um lugar só para si. Na medida em que podemos compartilhar os consultórios e ganhar escala com o uso de tecnologia, ganhamos uma eficiência muito grande”, afirma Claudio Mifano, cofundador e presidente executivo da Livance, em entrevista ao Estadão. Com a flexibilidade desse modelo, a startup promete reduzir em até 60% os custos com consultórios.

Os novos recursos serão destinados ao desenvolvimento de produto e tecnologia: o plano é aprimorar a plataforma principalmente para facilitar agendamento e pagamento. 

Além disso, a equipe, hoje com 85 funcionários, vai crescer. Estão abertas 35 vagas na Livance atualmente, e a meta é chegar a 300 pessoas nos próximos dois anos. A expansão de consultórios também é um caminho natural: a startup planeja chegar ao Rio de Janeiro e Belo Horizonte em 2022.

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Apesar de não ser um plano para de curto prazo, a empresa não descarta a possibilidade de estruturar no futuro um fundo imobiliário para ativos da Livance – a startup afirma que já foi procurada por algumas gestoras.

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