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Inovação e Tecnologia

O Slack reúne alguns dos grupos mais legais da internet

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Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

Um dia desses, eu precisei entender melhor como funcionam algumas coisas no mercado de trabalho dos EUA. Eu estava prestes a entrar em uma negociação com o meu chefe, mas sabia que existiam questões culturais que eu não compreendia e que seriam fundamentais para eu conseguir os resultados desejados.

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Eu fui salva por um grupo de mulheres que me deram todas as instruções necessárias para conseguir o meu objetivo. Elas dividiram suas experiências, compartilharam links de artigos interessantes e enviaram emojis engraçadinhos para quebrar meu nervosismo. Toda a conversa ocorreu por Slack, um programa de mensagens instantâneas que conquistou o mundo corporativo nos EUA.

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O Slack permite que os usuários entre em grupos específicos, como o de funcionários da sua empresa, e conversem dentro desse grupo em canais fechados que podem ser organizados de acordo com tarefas ou projetos específicos. Nesse espaço todos podem trocar arquivos, escrever mensagens e colaborar em tempo real. A ideia é que todo mundo trabalhe em um projeto de forma colaborativa e evite a burocracia de usar o e-mail.

O Slack é conhecido no Brasil, mas nunca decolou como nos EUA, onde é uma febre corporativa especialmente nas pequenas e médias empresas. O sucesso que levou o app a crescer na base do boca-a-boca e gerou um novo fenômeno -- mais do que apenas uma ferramenta de trabalho, o Slack tornou-se a casa de alguns dos grupos virtuais mais legais disponíveis na internet.

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Os grupos do Slack

Esqueça os velhos fóruns da internet. É no Slack onde pessoas com gostos semelhantes se encontram para trocar experiências e criar projetos. Além de fazer parte do grupo do seu local de trabalho, você também pode se cadastrar em outros grupos com os mais diversos objetivos.

Há grupos abertos no Slack para reunir os moradores de Chicago, mulheres que trabalham com tecnologia, pessoas que querem trocar dicas sobre programação ou debater o futuro do jornalismo. Há outros grupos menos focados em trabalho, como um grupo para reunir pessoas introvertidas ou fãs de histórias em quadrinhos.Já existem até sites que reúnem listas de grupos no Slack disponíveis online.

O Slack acaba servindo como válvula de escape para conhecer outros profissionais, tirar dúvidas sobre um determinado assunto ou fazer amigos.

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Negócio valioso

O Slack tem uma trajetória interessante e cresceu como o "underdog" do mercado de tecnologia.

A companhia foi idealizada pelo canadense Stewart Butterfield, o mesmo criador do Flickr. O programa de bate-papo corporativo surgiu de uma tentativa falha de criar um jogo de videogame.

Hoje o Slack é usado por 5 milhões de pessoas, tem 1,5 milhões de usuários pagantes da sua versão premium (a versão básica é gratuita) e foi avaliado em US$ 4 bilhões.

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A empresa, porém, enfrenta desafios. Os US$ 200 milhões em receita gerados no ano passado ainda não são suficientes para fechar a conta no fim do mês, como destaca uma matéria recente do The New York Times.

A empresa enfrenta concorrência pesada de gigantes como a Microsoft e o Facebook. Também enfrenta dificuldades para conseguir adaptar seu sistema às necessidades de grandes empresas, como oferecer melhor segurança para os arquivos trocados dentro do sistema.

O NYT define a batalha do Slack com seus concorrentes como uma batalha para definir quem vai criar o próximo software corporativo sem o qual ninguém conseguirá viver.

Se o Slack vai chegar lá, ainda é um mistério. Mas, por enquanto, o Slack ganha como a plataforma com alguns dos grupos mais legais da internet.

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