Democratas tentam última votação antes de fim da neutralidade da rede nos EUA

Parlamentares pró-Obama tentam emplacar votação na Câmara nessa sexta-feira; novas regras entram em vigor na próxima segunda

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Por Agências
Atualização:
Mobilização tenta derrubardecisão da FCC que pôs fim a neutralidade da rede nos Estados Unidos Foto: Tom Brenner/The New York Times

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos pode discutir nesta sexta-feira, 8, se irá votar pela reversão da decisão da Comissão Federal de Comunicação (FCC, na sigla em inglês). O pedido foi feito pelos parlamentares democratas em mais uma tentativa do partido de evitar o fim da neutralidade da rede, previsto para entrar em vigor na próxima semana.

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Em documento assinado por 47 democratas e dois independentes, os parlamentares pedem que o presidente da casa legislativa, Paul Ryan, agende uma votação para manter as regras de acesso a internet criadas por Obama. Ryan não quis comentar o pedido.

A nova regra permite, entre outras coisas, que operadoras de internet diference o valor do plano pago pelos usuários de acordo com o uso de dados. Para que não entre em vigor, no entanto, é preciso do apoio da maioria da Câmara e do aval Donald Trump, ambos republicanos e favoráveis à decisão da FCC.

Nesse processo, o Senado, formado majoritariamente por democratas, já votou contrário à decisão da FCC e pela retomada das regulamentações anteriores.

Mudanças. As regras de neutralidade da rede que proibiam os provedores de serviços de internet de bloquear e desacelera o acesso ao conteúdo ou cobrar mais dos consumidores por seu perfil de uso foi criada no governo Obama em 2015.

O ex-presidente ficou conhecido no mundo inteiro após usar a internet a seu favor, divulgando a campanha eleitoral pela web e arrecadando financiamento coletivo para o processo eleitoral pela rede.

As alterações vieram em dezembro do ano passado quando a FCC decidiu revogar a decisão, um momento considerado vitorioso para os provedores de serviços de internet cujas práticas são investigadas pelo órgão.

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A novidade atingiu as grandes empresas de tecnologia como Facebook e Google que tentam aumentar seus usuários. De outro lado, provedores como Comcast, Verizon Communication e AT&T prometeram que não vou bloquear ou discriminar conteúdos para seus clientes mesmo quando a nova lei entrar em vigor, na próxima segunda-feira, 11.

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