Google lança fundo de US$ 3 mi contra fake news sobre a vacina da covid-19

Iniciativa da empresa é o terceiro projeto contra a desinformação desde o início da pandemia

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Veículos de imprensade todo o mundo podem se inscrever para o projeto, elaborado pelo Google News Initiative Foto: Laura Morton/The New York Times

O Google anuncia nesta terça-feira, 11, um fundo de US$ 3 milhões para apoiar veículos de imprensa que queiram combater notícias falsas sobre a vacina de covid-19 - a ideia é que a iniciativa acompanhe as campanhas de imunização que começam a ser realizadas em países da Europa, da Ásia, da América do Norte e da América Latina.

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Organizações de todos os tamanhos e de qualquer parte do mundo podem se inscrever, desde que o veículo produza notícias originais e comprove histórico em checagem de fatos. O fundo será dedicado exclusivamente para bancar projetos de informações a respeito dos imunizantes do novo coronavírus. Um júri internacional de especialistas em jornalismo e ciência irá escolher os selecionados, que podem se inscrever até dia 31 de janeiro.

“A intenção é ajudar os checadores de fatos a cumprir sua missão, que é basear o debate público em fatos e evidências, em vez da opinião e do medo”, explica ao Estadão Alexios Mantzarlis, líder de notícias e credibilidade no Google.

O Google News Initiative é o braço de apoio ao jornalismo da empresa, responsável por promover informação de qualidade, ajudar no enfrentamento de notícias falsas e apoiar diferentes modelos de negócio na imprensa.

Esta é a terceira iniciativa do gigante de tecnologia para ajudar no combate à desinformação ligada às pandemia de covid-19. Em abril de 2020, o Google desembolsou US$ 6,5 milhões para pequenos e médias organizações realizarem a checagem de fatos sobre o novo coronavírus. Em dezembro do mesmo ano, foi anunciada uma parceria com especialistas da área de saúde e ciência de todo o mundo, que serviriam de base para a pesquisa de jornalistas.

“A infodemia [excesso de informações falsas ou incorretas sobre o novo coronavírus] de covid-19 foi algo que nunca vimos antes. E, muito antes desta pandemia, já existia desinformação sobre as vacinas. Esse nos parece ser o terreno ideal para concentrar os esforços de checagem de fatos”, conta Mantzarlis.

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