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Multilaser prevê redução de 17% no abastecimento de peças por conta do coronavírus

A fabricante afirma que 80% de seus fornecedores que estão no país asiático ainda não retomaram as atividades

Por Giovanna Wolf
Atualização:
A Multilaser tem um portfóliocom3,5 mil produtos Foto: Werther Santana/Estadão

Devido à epidemia de coronavírus, a fabricante brasileira de eletrônicos Multilaser projeta uma redução de 17% no abastecimento de peças e componentes importados, consequência da parada de quase um mês nas fábricas chinesas. “Essa é a perda esperada até agora por causa do que já aconteceu”, afirmou Alexandre Ostrowiecki, presidente executivo, ao Estado. Ele ressaltou, porém, que o quadro pode se agravar se a produção chinesa não for retomada rapidamente.

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A companhia tem um portfólio com cerca de 3,5 mil produtos, entre quais estão telefones celulares, tablets, teclados e mouses, por exemplo. Atualmente, 80% de seus fornecedores que estão no país asiático não retomaram as atividades. A fabricante brasileira tem cerca de 450 fornecedores na região, que atendem a diversas marcas e empregam 500 mil operários.

“A Multilaser está totalmente inserida no olho do furacão do coronavírus”, disse Ostrowiecki. Ele explicou, entretanto, que a companhia funciona com estoque de seis meses e que a chegada de produtos nas lojas só deve começar a ser impactada a partir de abril. “O quão grave isso vai ser depende de como a doença vai se desenvolver”, afirmou. Não há estimativa para normalização das atividades na China. A marca tem operação própria com 70 funcionários da área de engenharia de teste no país, que está operando em ritmo mais lento.

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