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Fundador da Huawei diz que EUA subestimam empresa

Ren Zhengfei afirmou que os planos da companhia envolvendo tecnologia 5G não serão afetados pelas decisões de Washington

21/05/2019 | 06h22

  •      

 Por Agências - AFP

O grupo chinês Huawei é um dos líderes em equipamentos de redes de telecomunicações

Nicolas Asfouri / AFP

O grupo chinês Huawei é um dos líderes em equipamentos de redes de telecomunicações

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O fundador da Huawei, Ren Zhengfei, disse nesta terça-feira, 21, que os Estados Unidos "subestimam" sua empresa e que os planos da gigante das telecomunicações envolvendo a tecnologia 5G não serão afetados pelas decisões de Washington.

"Os políticos americanos, com sua atual forma de agir, demonstram que subestimam nossa força", afirmou Zhengfei em entrevista ao canal estatal CCTV. Segundo ele, o grupo tem estoques de chips e "não ficará isolado" do mundo neste sentido.

"A rede 5G da Huawei não será afetada", ressaltou Zhengfei. "Em matéria de tecnologia 5G, as outras empresas não alcançarão a Huawei em dois ou três anos."

No domingo, o Google - cujo sistema Android equipa a maioria dos smartphones do mundo - anunciou o fim dos seus negócios com a Huawei, o que privaria o grupo chinês de certos serviços Android e de seus populares aplicativos Gmail e Google Maps. A decisão também afeta uma série de empresas americanas, desde fornecedores de software até fabricantes de semicondutores que fornecem à Huawei.

"Em matéria de tecnologia 5G, as outras empresas não alcançarão a Huawei em dois ou três anos", disse Zhengfei

Fabrice Coffrini / AFP

"Em matéria de tecnologia 5G, as outras empresas não alcançarão a Huawei em dois ou três anos", disse Zhengfei

"Em caso de dificuldade de fornecimento, temos soluções para a reposição", disse o fundador da empresa. "No período de paz (antes de começar a guerra comercial entre China e EUA) nos abastecíamos com 50% de chips procedentes dos EUA e com 50% dos procedentes da Huawei. Não podem nos isolar do restante do mundo."

Na segunda-feira, Washington decidiu adiar, até meados de agosto, a proibição de exportações de tecnologia para a Huawei. Um anúncio do departamento de Comércio revela que o adiamento foi decidido para que a companhia e seus sócios tenham tempo "para manter e respaldar as redes e equipamentos existentes e atualmente em pleno funcionamento, inclusive as atualizações de software".

Para os usuários da Huawei, o eventual bloqueio poderá ter consequências importantes, pois o Google atualiza regularmente suas diferentes versões do Android, muitas vezes por motivos de segurança. Sem as atualizações, os smartphones podem sofrer falhas, a menos que a Huawei decida fazer as atualizações por conta própria. (Entenda melhor aqui.)

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Fundador da Huawei diz que EUA subestimam empresa

O grupo chinês não é apenas o atual número dois dos smartphones do planeta, mas também um dos líderes em equipamentos de redes de telecomunicações. No primeiro trimestre deste ano, a Huawei vendeu 59,1 milhões de smartphones, o que corresponde a 19% do mercado e mais do que a americana Apple, embora ainda esteja atrás da empresa líder, a sul-coreana Samsung.

Onda. Ontem, mais empresas seguiram o Google: a Microsoft retirou de sua loja nos Estados Unidos um modelo de notebook fabricado pela chinesa – ainda há dúvidas, porém, se a empresa vai continuar permitindo que os computadores da Huawei usarão Windows, seguindo conduta parecida com a do Google. 

Há quem tenha visto benefícios na decisão de Trump: é o caso de Rajeev Suri, presidente executivo da Nokia, uma das principais concorrentes da Huawei no mercado de infraestrutura de telecomunicações. “É possível que haja aqui uma vantagem para nós a longo prazo”, declarou ele a investidores ontem. Suri admitiu que sua companhia está atrás da chinesa no 5G. “Estamos um pouco atrasados no desenvolvimento em algumas semanas ou meses”, disse. Além da Nokia, a sueca Ericsson também deve se beneficiar das tensões entre a gigante chinesa e o governo dos EUA. 

    Tags:

  • Huawei
  • China [Ásia]
  • Estados Unidos [América do Norte]
  • Ren Zhengfei
  • guerra comercial [comércio internacional]

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