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Startups da China estão na mira de fundos dos EUA

Nomes influentes como o Sequoia e a aceleradora Y Combinator preparam braços de investimento para o mercado asiático

Por Redação Link
Atualização:
Após passar pelo Baidu, Qi Lu vai chefiar Y na China 

Se por um lado a internet chinesa convive com censura e problemas quanto à liberdade de expressão, de outro ela também tem sido pródiga em gerar empresas de tecnologia interessantes. Hoje, segundo levantamento da consultoria CB Insights, o país asiático tem pelo menos 77 unicórnios – isto é, startups avaliadas acima de US$ 1 bilhão. Entre elas, há nomes fortes, como o aplicativo de transporte Didi, dona da brasileira 99, ou a AntFinancial, braço de serviços financeiros do grupo Alibaba

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É um movimento que não tem passado despercebido ao Vale do Silício: nas últimas semanas, nomes tradicionais do capital de risco da região anunciaram ou deram pistas de que vão se estabelecer no Oriente. 

É o caso da aceleradora Y Combinator, uma veterana do Vale: por ela, já passaram nomes como o serviço de hospedagem Airbnb, o serviço de armazenamento na nuvem Dropbox e a anárquica rede social Reddit, algumas das startups mais quentes da atualidade. 

Na última semana, a aceleradora anunciou a contratação de Qi Lu, ex-Baidu e Microsoft, para liderar um programa local de captação e incentivo a empresas iniciantes. “Queremos também ajudar empresas chinesas a abrir caminho no mercado americano”, disse ele, no lançamento do projeto em Pequim. 

A aceleradora não está só: o fundo Sequoia, que já investiu em Facebook e Nubank, teria se unido ao e-commerce local JD.com para criar um fundo de investimentos em startups chinesas, disseram fontes à agência de notícia Reuters na semana passada. Segundo a agência, o fundo pretende levantar US$ 6 bilhões. Além disso, a agência de notícias Bloomberg divulgou que Peter Thiel, um dos criadores do PayPal e também investidor do Facebook, pretende fazer apostas no país asiático. 

Rivalidade. Assim como no mercado de apps e sites, os investidores americanos terão de enfrentar a concorrência local: hoie, boa parte das startups chinesas recebe investimentos bilionários de duas gigantes locais: a Tencent e a Alibaba. Com cerca de US$ 60 bilhões em caixa para fazer aportes, as duas têm investimentos em 24 empresas avaliadas acima de US$ 1 bilhão. 

A relação com as investidas, porém, nem sempre é agradável: embora seu tamanho no mercado ajude as pequenas, Tencent e Alibaba costumam ser citadas como fatores de risco pelas iniciantes – especialmente quando têm muito poder de voto no conselho. A chegada das americanas pode ser um alento para as startups locais.

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